Capítulo 06

- E você, tem namorado?
- Não. Nunca tive.
- Duvido! Como uma moça tão bonita nunca teve um namorado?

“Ai, ele me acha bonita!”, pensou Marcela, abrindo um largo sorriso. Ficou encabulada e abaixou a cabeça.
Saiu da casa para que Flávio não percebesse seu rosto ruborizado.

- Desculpe, fui muito indiscreto, né?
- Não, tudo bem. É que eu não estou acostumada.
- Você é diferente de todas as mulheres que eu já conheci. Acho que é por isso que criei você assim, nesse meu sonho.
- Você também é diferente de todas as pessoas que eu já conheci. Só não entendo porque criei você casado, no meu sonho.
- Simples: eu sou real, não sou uma criação sua! – disse Flávio, rindo.
- Mas eu também sou real.

O silêncio tomou conta da conversa.
Os dois ficaram olhando o horizonte por alguns minutos.
Desceram até a praia.

- Tenho medo de acordar. – disse Marcela, quebrando o silêncio.
- Às vezes eu também tenho. Mas o bom é que podemos voltar aqui quando quisermos.
- É verdade.

Temendo que as horas passassem muito rápido e eles tivessem que acordar logo, conversaram sobre o máximo de assuntos que poderiam falar: gostos musicais, preferências gastronômicas, planos para o futuro.

Quando Flávio falava parecia que o tempo parava. Tudo ao seu redor se iluminava. Marcela guardava em sua mente cada traço do rosto daquele já não tão desconhecido, para que depois, quando acordasse, pudesse desenhar em seu minúsculo pedaço de papel.

Flávio já tinha decorado o rosto de Marcela. Quando ela sorria, ou ria de suas histórias, acendia nele o sentimento de esperança e plenitude. O problema era quando ele acordava, voltando para aquele mundo cruel e cinzento em que vivia.

Mas não era momento de lembrar de coisas desagradáveis.
Eles riram, dançaram, cantaram, correram naquela imensidão de paz.
As horas passaram e ambos sentiram que a hora de acordar estava se aproximando.
Por um segundo sentiram-se tristes, mas quando lembraram que já sabiam o caminho décor e salteado, de como voltar para lá, torceram para que o dia passasse rapidamente, para que pudessem se reencontrar.

O adeus não foi doloroso: Marcela tomou coragem e arriscou dar um beijo na bochecha de Flávio.
Ela estava com muita vergonha e só fez isso porque sabia que acordaria imediatamente e não teria que encarar Flávio naquele momento.
Isso fez com que ambos acordassem leves, felizes, revigorados para enfrentarem as próximas horas que se seguiriam até o próximo encontro.

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